Velho Imbondeiro...
Teus braços abraçam-me na África,
Teu tronco enrosca-se nos rios do meu corpo.
Velho imbondeiro... balanço que embala o tempo,
Pesado em teu ser, o sentir doído do meu povo.
Tua história canta as canções antigas do coração
Ah... coração cansado,
da espera da vida,
e me encontras aqui tão só...
Velho imbondeiro das tardes quentes, sem sol.
Teu sono acalenta meus sonhos de menina,
Teus desejos são a sensualidade e voz da alma africana...
Em terras de Brasil, és o sinal da dor nas correntes do navio,
Em terras de Angola, és o sinal do amor para sempre.
Velho imbondeiro que ainda canta
acompanhando o vento, em noite de temporal...
Nas noites frias dos pampas,
o ar quente embala os meninos de apartamento
em tuas histórias de mata,
Meu velho baobá, querido!
Fonte: "Três Continentes... Um Só Amor!" Lucette Morais
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