terça-feira, 25 de agosto de 2009

TERRA, AMOR ETERNO A TI











A fixação que impede a quebra dos paradigmas individuais impede a aceitação do medo e, deixa o naufrágio acontecer; o náufrago é o homem robotizado e frustrado em sua essência.

- Chamem a alquimia interna à mesa para que haja a mudança real da consciência! Seta incita a comunidade ao resgate das culturas iniciais como a indígena, a africana, a oriental e outras.


Terra que meus pés pisaram, qual vôo de gaivota cambaleante.

Terra dos namoricos e das cubatas de zinco.

Terra das quitandeiras a apregoar:

a fuba, os cachos de banana, o jindungo...

Mulheres em seus multicolores africanos,

mulheres nas cores do sol em brasa,

mulheres do chalé português... mulheres.

Terra do imbondeiro, da velha mulemba, dos ipês, das amendoeiras...

Terra que ficaste vermelha de tanto sangue derramado,

vermelha de tantos ódios, de tantas dores...

Terra que choras a dor dos filhos na África,

em Portugal e por aqui...

Terra que um dia a ti voltei em rezas e canções.

Terra do barulhento ”frenesi” das batucadas,

Terra povoada de fantasmas e medos,

Terra povoada de arrepiantes histórias de feitiço e viço,

que a mãe-preta cantarolava aos meninos brancos...

Terra do idioma que aborta a torre de Babel,

quando o homem permite a palavra do coração.

Terra dos encantos em todos os cantos, em todos os pagos...

Terra das canções brejeiras que mostram a mesma alma,

em várias situações da experiência.

Terra, laboratório de Deus para a criação do paraíso!

- Terra, amor eterno a ti!


Ainda que o homem siga o curso da natureza e, se oriente pela razão dos apetites e bel-prazeres, a hora clama pela razão inspiradora, que impulsiona o homem ao amor e à veneração pela majestade divina-mãe de todos. Este amor de filho e mãe leva o ser humano a desenvolver em si e nos outros o respeito pela natureza.

A humanidade precisa promover a unificação de si mesma em prol de um sentimento único e real, sem violação da integridade de todos os ecossistemas. A tecnologia amorosa que trata a natureza como mãe, sob inspiração da mente intuitiva e divina no ser.


Fonte: Três Continentes, Um Só Amor de Lucette Morais

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