"Jesus escolheu o Monte das Oliveiras situado a leste de Jerusalém, para transmitir ensinamentos antes de morrer.
No Horto de Getsemani, vivem ainda oito grandes oliveiras que viram rezar, chorar e morrer Cristo. A origem das oliveiras remonta à Era Terciária - antes do aparecimento do homem - e situa-se, segundo a opinião de vários autores, na Ásia Menor, talvez na Síria ou Palestina, região onde foram descobertos vestígios de instalações de produção de azeite e fragmentos de vasos datados do início da Idade do Bronze. Em todo o Mediterrâneo, foram encontradas folhas de oliveira fossilizadas, datadas do Paleolítico e do Neolítico.
A árvore da força e da vida, dura em torno de 2500 anos. Desde sempre, a oliveira é associada a práticas religiosas, a mitos e tradições, a manifestações artísticas e culturais, a usos medicinais e gastronômicos.
A oliveira é uma árvore baixa, de tronco retorcido, nativa da parte oriental do Mar Mediterrâneo. Seus frutos, as azeitonas, produzem o azeite que pode ser usado como ungüento, como combustível ou na alimentação, e por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos.
Na antiga Grécia, as mulheres, quando queriam engravidar passavam longos períodos de tempo à sombra das oliveiras. Da madeira das oliveiras faziam-se cetros reais e com o azeite ungiam-se monarcas, sacerdotes e atletas. Com as folhas faziam-se grinaldas e coroas para os vencedores.
A oliveira é considerada símbolo de sabedoria, paz, abundância e glória. Os egípcios - há seis mil anos - atribuíram a Ísis, mulher de Osíris, Deus supremo da sua mitologia, o mérito de ensinar a cultivar a oliveira.
Na lenda grega Palas Atena - Deusa da paz e sabedoria e filha de Zeus - era para os Gregos, a mãe da árvore sob a qual teriam nascido Remo e Rômulo, descendentes dos Deuses e fundadores de Roma, tendo feito brotar a oliveira de um golpe e, na sua grande bondade, ensinado o seu cultivo e o seu uso.
A oliveira e o azeite representam a força da experiência das raízes, da humanidade e dos povos. A fruta do coração guarda, em seu azeite, o néctar dos deuses que esconde a força da terra e o amor entre os homens.
Os deuses do Olimpio banham-se em rios de azeite como segredo para manter a juventude e viverem eternamente. As raízes da oliveira se alimentam do coração da Terra, retirando deste local os mais puros elixires que o alquimista jamais imaginou.
O segredo da eterna juventude se esconde em pacotes de energia, dentro de cada azeitona, armazenada com esmero e dada como presente, ao homem sábio. Os rios de amor que correm por dentro do planeta Terra, correm por dentro do tronco da oliveira e alimentam seu fruto que torna o azeite puro e único - o elixir eterno do amor do Criador ao planeta.
O caminho da oliveira traduz-se no símbolo da árvore da vida que liga os homens entre si, através das raízes familiares que vão além dos laços físicos, mas que se alimentam dos laços espirituais através do Universo eterno e infinito.
Cada ser recebe o fruto do trabalho das raízes, nos pacotes de energia – a azeitona - e participa da formação da árvore que continua através dos tempos, em cada ramo que nasce, cresce e produz mais frutos para perpetuar a obra de Deus..."
Fonte: Três Continentes... Um Só Amor cap. V - Lucette Morais
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